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sábado, 13 de outubro de 2012

O futuro está na união

Quanto mais viajo, quanto mais visito restaurantes, quanto mais converso com sommeliers, donos de restaurantes, responsáveis, mais me convenço o ridículo que é propor brigas “de comadre” entre produtos nacionais e importados.

Todos formamos parte da instituição VINHO e por isso é inteligente unir esforços na divulgação dos aspectos culturais da vitivinicultura e na desmistificação dos rituais e regras que as vezes amedrontam e distanciam os consumidores.

Nada ajudam as atitudes radicais das entidades supostamente defensoras dos produtores brasileiros, que apregoam a necessidade de aplicar barreiras tarifarias e de volume não à entrada de produtos importados. Esta atitude é uma clara demonstração que as cabeças pensantes destas entidades não têm ideia do que acontece nos diferentes segmentos do mercado como distribuidores, supermercados, restaurantes, eventos, etc.

Não sabem da importância que tiveram os produtos de outras origens na divulgação da cultura da uva e do vinho, no despertar do interesse dos consumidores, no aumento de consumo em restaurantes, etc.

Não sabem como estes produtos ajudaram a que maior número de brasileiros se iniciasse no mundo do vinho.

Não sabem que estes novos consumidores se tornaram curiosos e abertos a consumir vinhos de todas as origens, inclusive nacionais, desde que confiáveis.
Impedir a entrada de vinhos de outros países será contraproducente ao crescimento de mercado.

Nada ajudam as atitudes de alguns restaurantes, felizmente muito poucos, que, em represália às medidas tomadas pelas entidades brasileiras, decidiram boicotar os vinhos nacionais.

Não é acentuando a guerra que atrairemos novos consumidores.

Não é discriminando que propagaremos a cultura da uva e do vinho.

O mais importante é pensar no consumidor, em sua liberdade de escolha, em sua magnífica curiosidade própria de quem se aproxima desta cultura milenar e que será quem impulsionará o consumo.

Que bom seria que todos, absolutamente todos, produtores nacionais e importadores, pequenos, médios e grandes, não perdessem mais tempo e se sentassem para elaborar um plano estratégico que focasse em criar melhores condições de competitividade para todos, diminuindo impostos, acabando com o regime de ST, arrecadar recursos para ações de divulgação e promoção da instituição VINHO, ações que aproximem consumidores e produtores, etc.

Não tenho dúvida, o futuro será brilhante se todos trabalharmos unidos. Ante a guerra a vitória será da cerveja, aperitivos e destilados.

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